VENDA CASADA: O QUE É?
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG VENDA CASADA: O QUE É? É público e notório que o Consumidor, ante o Fornecedor, está em condição de vulnerabilidade. O
O brasileiríssimo açaí está mais internacional do que nunca. O fruto típico da palmeira amazônica, queridinho do País inteiro, tem se tornado cada vez mais benquisto em quiosques dos Estados Unidos e Europa.
Muito embora o produto seja tradicional na região Norte do Brasil, ele vem se popularizando em todos os lugares do mundo, sendo utilizado na preparação de sucos, doces, sorvetes e até mesmo vinhos e licores.
O açaí desempenha um papel importante na economia região amazônica. Não é exagerado enunciar que boa parte da população consome o fruto habitualmente, como sobremesa e, também, em pratos salgados. Estranho? Nem um pouco. Pois a carne de charque com açaí é uma iguaria essencial nas mesas dos estados do Norte.
O produto, tido como “embaixador da Amazônia”, uma vez que é reconhecidamente típico da região, não se limita às propriedades alimentícias, sendo aproveitado, ainda, pela indústria de fármacos e cosméticos. A escalada na procurada pelo fruto cresce a cada dia.
O estado que encabeça a produção do item é o Pará, com mais de 90% das exportações do Brasil para os demais países do globo. Para se ter uma ideia, enquanto no ano de 2011 cerca de quarenta e uma toneladas do produto foram exportadas, ano passado (2020) a safra de exportação subiu para quase seis mil toneladas.
Não só. Entre 2019 e 2020, em um intervalo de apenas um ano, o crescimento da saída do fruto foi de 51%. No ano de 2017, pela primeira vez, a exportação chegou à casa dos dois milhões e setecentos mil.
Quando se trata do comércio brasileiro, não é diferente. De acordo com o coordenador da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (“Sedap”), Geraldo Tavares, após coleta de dados dos anos de 2010 a 2019, percebeu-se que o abastecimento interno também sofreu um incremento. De pouco mais de 756 milhões de toneladas, escalou para 1,3 milhão. A área plantada, no mesmo lapso temporal, aumentou de 77,6 mil para 188 mil hectares.
A intensificação da procura do produto, entretanto, tem causado infortúnio para os apreciadores locais, que sofrem com a falta do fruto e aumento de preço. Como se não bastasse, a entressafra está mais severa nos últimos anos (período entre a pós-colheita e o novo plantio), ocorrendo uma diminuição de quase 70% da produção. Mesmo com a alta na demanda acima mencionada, estamos vivendo uma “crise do açaí”.
A crise do açaí, porém, é só nacional e não ultrapassa as fronteiras do País. Reinaldo Mesquita, Presidente do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Estado do Pará (“Sindfrutas”), já enunciou que a entressafra prejudica apenas o mercado interno.
O abastecimento internacional, entretanto, continua garantido, uma vez que a exportação, em suma, ocorre com o item congelado, realizado pelas indústrias, que seguem com estoque para tanto. Mesquita salienta que a entressafra e a alta procura entre o mercado interno e externo são coisas completamente diferentes.
Ele explica: a safra compreende os meses de agosto a dezembro, quando as chuvas tomam conta do Norte do País. Nos meses subsequentes, inicia-se a entressafra e, por via de consequência, surgem os contratempos no que tange ao abastecimento.
A exportação segue normal pois as indústrias possuem câmaras gigantes de refrigeração, o que permite que produzam em quatro meses o que será comercializado o ano inteiro.
O mercado nacional – regional principalmente – é carente desta infraestrutura, dado que depende grandemente dos “batedores de açaí”, indivíduos assim batizados em referência ao exercício de bater o fruto no equipamento que gera a polpa. Os profissionais, em resumo, realizam o processamento do fruto para venda em menores quantidades.
Nota-se que o aumento da popularidade do açaí causou impacto na economia local como um todo, repercutindo, inclusive, no labor dos ribeirinhos, a base da pirâmide. O Presidente do Sindfrutas evidencia que, enquanto há quinze anos o produtor regional priorizava cortar a árvore do açaí para retirar o palmito, hoje, com o valor de mercado do açaí, percebe que é mais rentável – além de benéfico para o meio ambiente – manter o tronco íntegro para colher e comercializar o fruto.
Um parêntese: você sabia que a árvore do palmito é a mesma do açaí? O açaizeiro é uma palmeira que produz palmito de qualidade comparável ao da espécie juçara. Vivendo e aprendendo…
Repara-se, portanto, a relevância que o item detém para o progresso e geração de renda na região do Norte do País do Pau-Brasil (e agora do açaí), que iniciou a exportação de maneira artesã e, agora, domina a venda no mercado mundial através de indústrias especializadas na comercialização da fruta.
Contudo, é importante ressaltar que o desenvolvimento da economia local, para além do aumento na quantidade do insumo para exportação, necessita de amparo por parte do Poder Público (com oferta de crédito aos investidores e trabalhadores das regiões produtoras), além de políticas públicas em prol do setor para a melhorias das condições sociais dos trabalhadores locais, os quais são os mais impactados pela atividade e, ao mesmo tempo, os que menos se beneficiam com o comércio.
Para se ter uma ideia, o Governo do Pará possui o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Açaí no Estado do Pará (“Pro-Açaí”). O Pro-Açaí coordena articulações do instituto com outros, como, por exemplo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (“Embrapa”).
Os cientistas se uniram para fortalecer a qualidade do fruto, pesquisando os melhores territórios e condições de cultivo das sementes, além de realizar o treinamento dos produtores locais.
Estudam, igualmente, a abreviação do tempo da colheita, a fim de expandir, com maior intensidade, a produtividade. O trabalho ainda não possui resultado significativo, uma vez que se trata, em verdade, de um estudo a longo prazo, com efeitos concretos em, mais ou menos, seis anos.
Para além, análise envolta à tecnologia de irrigação em conjunto com sementes seletas, visando a produtividade em épocas de entressafra, está a todo vapor, de maneira, em um futuro breve, espera-se que não exista mais crise de desabastecimento do fruto no mercado interno. Além destas, outras diversas iniciativas que buscam melhorar a qualidade do produto e aumentar a produção estão acontecendo exatamente agora.
As atividades, por certo, estimulam e atraem indústrias nacionais e internacionais, para a região Norte do país, especialmente para o Pará, maior produtor da fruta, de maneira a impulsionar sobremaneira o desenvolvimento econômico da região. Tudo isso a partir de um dos artigos mais tupiniquins de todos. É como diz o poema: “Lá está um fruto graúdo do meu pomar. Felicidade do meu Brasil!”.
Por isso, é essencial que os olhos dos produtores e exportadores do fruto estejam voltados não apenas para o lucro que a exportação acarreta, mas para a saúde da região e para proteção da floresta, que proporciona a existência do fruto e o desenvolvimento da economia, afinal de contas, “desmatar é matar-se pelas costas”.
Para mais informações sobre a exportação de frutos ou grãos, e demais matérias relacionadas ao agronegócio, acesse o Blog do Colunista Iuri Cavalcante Reis no site www.cavalcantereis.adv.br e deixe suas dúvidas nos comentários ou através do e-mail iuri@cavalcantereis.adv.br. Artigo escrito em coautoria com a advogada Thaynná de Oliveira Passos Correia, da equipe do Cavalcante Reis Advogados. (Instagram: @cavalcantereisadvs)
Autor: Dr. Iuri Cavalcante, CEO do Escritório Cavalcante Reis
Coautora: Dra. Thaynná Passos, Advogada Associada do Escritório Cavalcante Reis
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG VENDA CASADA: O QUE É? É público e notório que o Consumidor, ante o Fornecedor, está em condição de vulnerabilidade. O
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG UMA BREVE ANÁLISE SOBRE A PENSÃO ALIMENTÍCIA Um dos assuntos mais corriqueiros quando se fala em Direito de Família é Pensão
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG ESCRITÓRIO CAVALCANTE REIS ADVOGADOS OBTÉM DECISÃO FAVORÁVEL EM AÇÃO MOVIDA PELA UNIÃO CONTRA MUNICÍPIO AMAZONENSE A Vice-Presidente, Desembargadora Federal Ângela Catão,
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG DIREITO MUNICIPAL/PÚBLICO Atendendo Municípios do Norte ao Sul do país, a seção de Direito Municipal/Público do Cavalcante Reis tem se destacado
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG REGIME DE BENS ANTES E DEPOIS DA UNIÃO (CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL) Regime de bens, basicamente, configura o conglomerado de regras
Instagram Whatsapp Linkedin Youtube BLOG BRASIL ASSUME A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU O Brasil assumiu, em 1º de julho de 2022, o comando
SHIS QL 10 CONJ. 06 CASA 19 - LAGO SUL BRASÍLIA/DF
(61) 3248-0612
(61) 99514-1592
advocacia@cavalcantereis.adv.br
Copyright © 2022 Cavalcante Reis Advocacia. Todos os Direitos Reservados. Desenvolvido por Agência Up Web
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |